A Síndrome de Hipermobilidade é uma condição em que as articulações se movem além da amplitude considerada normal. Embora muitas pessoas com articulações “soltas” não apresentem sintomas, em alguns casos, essa hipermobilidade pode estar associada a dores articulares, fadiga, lesões frequentes e outros sintomas que afetam a qualidade de vida.
Sintomas mais comuns
- Dores nas articulações, especialmente após esforços
- Sensação de fadiga muscular
- Instabilidade articular ou entorses recorrentes
- Dores de cabeça ou dor na região da mandíbula
- Sensação de fraqueza ou desconforto ao permanecer em pé por longos períodos
Avaliação com Critérios de Beighton
Um dos métodos mais utilizados para identificar a hipermobilidade articular é o escore de Beighton, uma pontuação simples baseada na flexibilidade de certas articulações. São avaliados os seguintes pontos:
- Hiperextensão do dedo mínimo (dedinho) além de 90° – 1 ponto para cada mão
- Oposição do polegar ao antebraço – 1 ponto para cada lado
- Hiperextensão dos cotovelos além de 10° – 1 ponto para cada lado
- Hiperextensão dos joelhos além de 10° – 1 ponto para cada lado
- Capacidade de encostar as palmas das mãos no chão, com os joelhos estendidos – 1 ponto
👉 A pontuação vai de 0 a 9. Em adultos, uma pontuação igual ou superior a 4 sugere hipermobilidade articular. No entanto, a avaliação completa também considera sintomas associados e histórico clínico.
Como é feito o tratamento?
A Dra. Luiza Trevisan, médica fisiatra especializada em Dor e Reabilitação, realiza uma avaliação minuciosa para entender o grau de hipermobilidade e o impacto funcional na vida do paciente.
O tratamento é individualizado e pode incluir:
- Reeducação postural e fortalecimento muscular
- Estabilização articular com exercícios específicos
- Orientações para prevenção de lesões no dia a dia
- Terapias complementares para controle da dor
Quando procurar ajuda?
Se você tem articulações muito flexíveis, sofre com dores frequentes, sensação de fraqueza ou lesões recorrentes, é importante realizar uma avaliação especializada. O diagnóstico correto e o acompanhamento adequado ajudam a prevenir complicações e melhoram sua qualidade de vida.